Desenvolvimento de epiderme equivalente sobre membrana do tipo Transwell e membrana Biopolimérica.
Participante(s):
Atualmente existe uma forte tendência mundial para o desenvolvimento de testes in vitro que supram o uso de animais em ensaios de avaliação de segurança. No Brasil esta prática ainda é inexistente, porém deverá ser implementada rapidamente para que atenda aos conceitos humanitários internacionais. Para tanto, faz-se necessária uma sistematização metodológica visando gerar uma plataforma de testes em epiderme equivalente, que validada, atenda as demandas das indústrias cosméticas e farmacêuticas, entre outras. A Diretiva Europeia de 1986 induziu a discussão mundial de redução de testes em animais e a 7a emenda desta Diretiva, publicada em 2004, determinou a transferência dos ensaios para a avaliação de risco para sistema in vitro, e indo além, investiu em tecnologias alternativas. Diferentes abordagens foram desenvolvidas para suprir essa necessidade como, por exemplo, a geração de equivalentes de epiderme, que foi considerada a mais promissora e extensamente investigada. Dois equivalentes de epiderme (EpiDermTM-MATTEK e EPISKINTM L’ORÉAL) comercialmente disponíveis foram validados pelo ECVAM (European Centre for the Validation of Alternative Methods) e outros modelos de epiderme reconstruída estão sendo desenvolvidos em diferentes laboratórios de pesquisa do mundo. Esses dois modelos são recomendados no Guia 431 (Organização para cooperação e desenvolvimento econômico - OECD) que avalia in vitro a corrosão da pele. Embora o guia mencione que os experimentos possam ser realizados com pele reconstruída nos laboratórios onde estes testes são realizados, o desenvolvimento de um equivalente de epiderme na forma de um Kit contribuirá para uma avaliação padronizada. O nosso laboratório vem seguindo a tendência mundial quanto ao desenvolvimento de testes in vitro para avaliação do risco da exposição da pele à substancias químicas, com ênfase em produtos cosméticos e novas moléculas com atividade terapêutica. Sendo assim, este projeto tem como objetivo criar, dentro dos princípios do Guia 431, um equivalente de epiderme e otimizar este processo através da incorporação de uma membrana biopolimérica (PET e colágeno I) como suporte celular. Em perspectiva, este equivalente epidérmico poderá ser utilizado para pesquisa e avaliação de risco de fármacos, medicamentos, cosméticos, substâncias químicas, praguicidas, etc., contribuindo para a geração de métodos alternativos aos testes em animais e inserindo o Brasil na tendência internacional do desenvolvimento de testes para avaliação do risco.
Palavras-chave: uso e animais, epiderme, produtos cosméticos, pele
Última atualização em 2014-03-31 13:55:00
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