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Histórico - Biossegurança e Meio Ambiente

Implementação de Sistema de Gestão Ambiental na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP

No ambiente acadêmico, os seres humanos encontram-se, direta ou indiretamente, envolvidos em atividades de pesquisa, desenvolvimento, otimizações e avaliações que levam ao manuseio com produtos químicos de distintos níveis de periculosidade, com cepas microbianas eventualmente modificadas ou patogênicas, ou fatores físicos que também, somados ao stresse, proporcionam riscos potenciais. Numa outra abordagem, há que se considerar a limitação do ser humano em visualizar ou admitir o próprio risco, ou aquele que ocasiona a outros elementos. Em decorrência desta limitação, esquiva-se ao uso de mecanismos de proteção individual ou coletiva. Deixa por vezes, dependendo de atitudes e operações que demandem num esforço maior, de adotar procedimentos que liberem emissões atmosféricas ou fluentes que prejudicam a vida animal ou vegetal. Somos compelidos a crer que práticas inadequadas desta natureza ocorram por desconhecimento e desmotivação quando consideradas certas faixas etárias (no contexto universitário, alunos de graduação), por níveis culturais que não contemplem o conhecimento específico (certas faixas de colaboradores funcionais) ou mesmo abstrações (docentes envolvidos em suas pesquisas a ponto de momentaneamente se furtarem a certos cuidados). Desta forma, após reuniões dos membros da Comissão Interna de Qualidade e Produtividade da FCF-USP, que já nos anos anteriores tem se empenhado no sentido de amplo treinamento a docentes, funcionários e ao corpo discente desta Unidade, considerou indispensável para a FCF assim como para a credibilidade desta Comissão, a definição de um programa que contemple treinamentos e cursos, assim como diagnósticos e etapas de adequação física, no sentido do total engajamento de corpos docentes, funcional e discente, no sentido da qualidade, num de seus segmentos de elevada importância. Este desafio estará, essencialmente, contemplando condições indispensáveis à qualidade de vida, para a comunidade vizinha e a população como um todo. O meio universitário caracteriza-se por elevado nível de autonomia individual, liberdade de pensamento e de iniciativas, que o distingue daquele regido pela iniciativa privada. Embora fosse a forma ideal de tratamento do assunto, contemplando-se uma população diferenciada, com elevada proporção de indivíduos com destacado nível intelectual, tratamento do tema a grupos por demais restritos é talvez meta não factível em termos práticos. De outro lado, a omissão no cuidado a aspectos de segurança ocupacional, preservação ecológica, entre outros, por parte desta comunidade, é inadmissível, nociva a si própria, assim como nociva e merecedora de críticas pela comunidade externa. Ainda, que legado estará sendo reservado pela comunidade científica às gerações vindouras? Numa outra forma de visualizar a questão, o que de fato se conhece quanto a emissões atmosféricas e contaminações fluviais, em decorrência de nossas atividades? Quais estudos epidemiológicos foram efetuados para conhecimento de dados comparativos de incidência de doenças degenerativas em docentes e funcionários da USP frente a elementos de outros nichos populacionais? Tendo em vista a problemática e o grande desafio anteriormente apontados, assim como as possíveis conseqüências deletérias apresentadas, certamente a passividade não será a atitude correta no momento. Também, não cabe nos prendermos a questões complexas de avaliação quanto à forma de agir. Estamos frente a uma grande tendência de globalização, e de adoção de normas e padrões internacionais. Dentre estes, adequando-se ao desafio proposto, a forma ideal apresenta-se como a implementação da International Standard Organization 14001. Desta forma, a implantação do SGA tem como objetivo estabelecer para a FCF-USP uma política ambiental apropriada às atividades, produtos e serviços através de Sistema de Gestão Ambiental, permitindo à Unidade atingir e controlar sistematicamente o nível de desempenho ambiental visando ao seu aprimoramento contínuo, em consonância com as iniciativas institucionais.


Profa. Dra. TEREZINHA DE JESUS ANDREOLI PINTO
Comissão Interna para a Gestão da Qualidade e Produtividade
Presidente